O ano de 2021 trouxe bastante esperança de que a vacinação pudesse auxiliar no retorno de eventos de grande porte no Brasil.
Diversos eventos testes e até mesmo de comemorações com shows e com festas fora de época foram promovidos nos diversos Estados, com monitoramento ou não dos poderes públicos.
Festas privadas foram retomadas com investimentos em segurança , com adaptações de estruturas , com cuidados em serviços de Buffet , com apresentações de músicos e com bandas, também com adaptações de espaços e com escolhas de áreas abertas, como chácaras , objetivando maior conforto e segurança sanitária.
Porém a chegada, em novembro, de uma nova variante, Ômicron, identificada primeiramente na África, e com maior poder de contágio, alterou os planos já presentes em comemorações do Ano Novo, nas grandes cidades.
E agora o carnaval de 2022 já foi cancelado por diversos governadores e outros têm sofrido pressão para também cancelarem, como é o caso recente em que o Governador da Bahia se posicionou contra eventos que gerem aglomerações no seu Estado.
Vamos apresentar, a seguir, como estão essas ações pelos Estados brasileiros quanto ao cancelamento de grandes eventos.
Uma variante agressiva
A variante atual do Covid-19, denominada Ômicron, é um vírus que aparentemente, pelos estudos, não traz condições mais severas para as pessoas que a contraem.
As variantes anteriores afetavam diretamente o sistema pulmonar e demais órgãos do corpo das pessoas e elevavam os números de internação e a necessidade de tratamentos mais complexos, com uso de UTI.
No caso atual, ela afeta as vias respiratórias superiores, deixando a pessoa com indisposição, muita coriza, febres brandas e algumas dores localizadas.
Sua ação, na maioria dos casos, torna-se leve, ainda não sendo possível identificar sequelas por sua ação.
Então cabe a pergunta: porque tanta preocupação com essa variante?
O problema é que ela promove a contaminação de muito mais pessoas e com uma velocidade bastante sgnificativa, sendo possível que todos tenhamos presenciado alguém próximo que foi atingido pela doença.
Tal quadro se agrava pelo avanço da vacinação, já que é interpretado por pessoas que foram vacinadas que os cuidados básicos como uso de máscaras e o distanciamento pudessem ser desconsiderados, o que é um erro.
Entretanto o vírus consegue driblar as defesas das vacinas e infectar as pessoas em maior quantidade e rapidez.
Dentro desse quadro, com alto índice de infectados a possibilidade de agravamento de quantidade de pessoas com necessidades de internações e até mesmo de cuidados especiais, aumenta consideravelmente, podendo levar ao colapso dos atendimentos de saúde nos Estados.
Fato agravado por um grande número de profissionais de saúde afastados por estarem contaminados, além de trabalhadores que se ausentam das empresas, provocando danos econômicos também.
Dessa forma, é bastante compreensivo que o Governador da Bahia se posicione contra eventos, pois se a infecção das pessoas crescer da forma que se espera, o sistema de saúde local pode sofrer um impacto bastante significativo até entrar em colapso.
A avaliação feita pelo Governador da Bahia
Rui Costa, Governador da Bahia, se posiciona contra eventos, após verificar que os cuidados e as ações de limitação de acesso de pessoas em eventos, liberados no Estado, não estavam sendo cumpridos, gerando risco alto de infecções.
Ele se referia especificamente à festa “Me Leva pro Bonfim”, realizada em 13 de janeiro de 2022, no Terminal Turístico Náutico, em Salvador-BA, em que milhares de pessoas se aglomeraram participando do evento, desafiando os decretos do Estado, quanto aos cuidados e às limitações de participantes em eventos de grande porte.
O governador acionou os órgãos fiscalizadores para multar os organizadores e alertou que reduzirá o limite de público dos eventos no Estado, se forem observados novos casos de aglomerações.
Concluiu que a postura do governo estadual é de preservar e de manter a saúde e a vida em primeiro lugar.
O Governador do Distrito Federal proíbe festas e carnaval
Assim como o Governador da Bahia, que se posicionou contra eventos que possam extrapolar e contrariar as determinações legais do governo, também o Governador do DF publicou decreto proibindo festas e eventos no Carnaval.
No dia 7 de janeiro de 2022, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, publicou no Diário Oficial do DF a suspensão da realização de festas e de eventos de carnaval, públicos ou privados, no Distrito Federal.
Essa proibição também já havia sido adotada em Salvador-BA e Recife-PE, que suspenderam os seus carnavais, assim como a suspensão de blocos de rua em 19 outras capitais, como São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ e Natal-RN.
Todos preocupados com o aumento de casos de coronavírus e de gripes, que tem pressionado o atendimento em hospitais locais.
Muitos cancelamentos pelo Brasil
Não só o Governador da Bahia se posiciona contra eventos, mas diversos outros governantes e vários artistas importantes nesse período de comemorações cancelaram suas participações, como é o caso da Preta Gil, que desfila anualmente com seu bloco e milhões de foliões pelas ruas do Rio de Janeiro-RJ.
Olinda, em Pernambuco, cancelou seu tradicionalíssimo carnaval de rua e estabeleceu um auxílio financeiro para aqueles que dependem diretamente da folia, além disso, mais de 70 cidades do Estado também cancelaram suas festas.
As cidades históricas de Minas Gerais, que além de serem afetadas pelo Covid-19, têm sido muito atingidas pelas chuvas intensas, como é o caso de Ouro Preto, também cancelaram suas comemorações momescas.
Em São Paulo, a tradicional festa de São Luís do Paraitinga e outras cidades do estado também cancelaram a folia.
Onde foi suspenso o carnaval de rua até a primeira quinzena de janeiro de 2022
E não só o Governador da Bahia se posiciona contra eventos, diversos locais cancelaram seus eventos de rua de carnaval:
- Macapá;
- Manaus;
- Belém;
- São Luís;
- Campo Grande;
- Cuiabá;
- Goiânia;
- Curitiba;
- Florianópolis;
- Fortaleza;
- João Pessoa;
- Maceió;
- Vitória.
Onde não ocorrerá desfiles de escolas de samba
Também até a primeira quinzena de janeiro de 2022:
- Cuiabá;
- Fortaleza;
- Florianópolis;
- João Pessoa;
- São Luís.
Considerações finais sobre Governador da Bahia se posiciona contra eventos
O Governador da Bahia se posiciona contra eventos, assim como diversos outros já se manifestaram e adotaram cancelamentos em suas administrações estaduais.
A variante atual, embora apresente sintomas mais leves nos infectados, produz alto índice de expansão de casos e assim tem trazido muitos prejuízos a empresas e a pessoas.
Importante incentivar a vacinação e aguardar as decisões futuras das autoridades.
Deixe um comentário sobre Governador da Bahia se posicionou contra eventos.